Compliance médico hospitalar

Ações contra profissionais da saúde e hospitais, somam 70 novas ações por dia. Há quem pense que esse crescimento é fruto apenas do conhecido erro médico. Grande engano!

À crescente busca da garantia do acesso à saúde (chamada judicialização de saúde), a baixa qualidade dos serviços, restrição as informações, informação inadequada sobre riscos, atrasos em atendimentos também ajudam a abarrotar o judiciário.

O caminho para diagnosticar problemas, evitando perdas financeiras diretas (perda de pacientes), ações judiciais (indenizações) e desgaste de imagem, de todo certo, é estar em compliance.

E o que significa estar em “Compliance”? Importa estar em conformidade com leis e regulamentos - sejam eles internos ou externos.

Muitos ligam o termo apenas a anticorrupção, à exemplo das constantes notícias relacionadas a fraudes com Órteses, Próteses e Materiais Especiais (OPMEs).

Mas, no universo corporativo compliance dever ser entendido com uma abrangência maior e multidisciplinar. Podemos trazer o cumprimento das relações trabalhistas, fiscais, regulatórias, elaboração de documentos padrões em atendimentos, garantia de acesso à informação, auditorias periódicas e criação de canais eficientes de denúncias e reclamações.

Em uma reunião recente escutei de um médico, "eu só sei salvar vidas". Prova maior da necessidade de criar e difundir programas de conformidade, não há.

Compliance se torna fundamental quando a intenção é manter a credibilidade da instituição ou profissional frente a sociedade.